sábado, 31 de outubro de 2009

Capítulo VI

Depois do casamento de Maruiquinha com Carlos Roberto, os meninos, Eronildes e Zizinho, ganharam rumos diferentes. Eronildes não quis estudar e foi trabalhar nas olarias. Naquela época existiam na região, cerca de 14 olarias, e, deste jeito não faltava trabalho para nminguém.
Zizinho foi matriculado no grupo Escolar José Rolemberg Leite, onde cursou o primário, daí foi para a Escola Industrial e em seguida, para o Senai.

Apesar de toda a força da sertaneja, Mariquinha sofria muito com um problema de vesícula, que a levou a ser submetida a uma cirurgia nos ídos de 1959. Feita a cirurgia, Mariquinnha exibia a todos que a visitavam, o sucesso daquela intervenção cirúrgica.

Acontece que, em dado momento, com apenas 18 dias de cirurgia, Mariquinha ajudada pelo seu esposo? Carlos Roberto, cometeu o que todos nós consideramos, um suicídio, ou seja, tiveram relações sexuais. No dia seguinte, acometida de uma forte febre, Mariquinha foi levada às pressas para o Hospital de Cirurgia, local onde fez a operação, e, poucos dias depois, veio a falecer, exatamente. no dia 01 de agosto de 1960. (mesmo triste amanhã tem mais).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Capítulo V um pouquinho de mim

Paripiranga-Ba. Nesta cidade, no povoado Salôbra, Mariquinha, Dona Dula, Eronildes e Zizinho( 01 ano de idade) começaram uma nova vida. Mariquinha trabalhando no roçado, Dula, como sempre lavando e passando roupas. A vida era dura. Um certo dia, o destino resolveu mudar a vida daquela família. Mariquinha havia voltado do roçado, quando de repente entrou em transe (pela primeira vez na vida), sem costume com esta situação, Dula e as vizinhas entraram em desespero, sem nenhuma noção do estava acontecendo, foram buscar socorro com uma senhora rezadeira da região, que ao chegar detectou que o problema de Mariquinha era espiritual, e que ela, a partir daí teria que zelar e trabalhar a sua mediunidade.

CARIDADE

Não deu outra, em pouco tampo Mariquinha tornou-se famosa pela caridade que fazia aos moradores do povoado e vizinhanças, tudo gratuitamente. Aí vem a pergunta, como conseguia sobreviver? As pessoas que recorriam à sua ajuda espiritual, não pagavam porém levavam presentes, roupas, alimentação etc. O certo é que as portas se abriram e Mariquinha ficou três anos fazendo todo tipo de atendimento, sem cobrar sequer um centavo, pois foi desta forma que os seus guias de luz determinaram.

MUDANÇA

Passados mais alguns meses, Mariquinha e sua família, mudaram-se para Aracaju(Se), indo morar no bairro Matadouro, um local bem distante da cidade. Lá em pouco tempo a sua fama se espalhou e pessoas de Paripiranga, Simão Dias e vários municípios sergipanos e também baianos e alagoanos, passaram a frequentar a sua tenda e buscar melhoria de vida, saúde, emprego e outros benefícios. Na sua vida sentimental, Mariquinha conheceu, um salineiro de nome Carlos Roberto e com ele, casou no civil. (aguarde que amanhã tem mais)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Capítulo IV - Um pouquinho de mim


Passados alguns dias de um parto difícil e complicado, porém normal, Mariquinha, Dona Dula, Eronildes e o pequenino Zizinho, teveram que enfrentar a realidade, a velha matriarca da família dos Pereira de Souza, já demonstava sinais de que, só ficaria com o menino, seu neto, e que, o resto poderia procurar o seu destinho.

Certa de que teria que cair fora, Mariquinha já se preparava para buscar algum trabalho e Dula já havia conseguido mais algumas lavagem de roupas. Aí o destino, não se sabe porque, foi muito cruel com a família, a velha Mariá, que já sentia problemas de audição, saiu para abrir um poupança para o neto Zizinho, e, ao voltar, não percebeu que um bonde vinha em sentido contrário, quando foi avisada, não deu mais tempo, foi colhida e teve seu corpo partido em trê partes, morrendo presa nas ferragens.
Alí começava outro drama para Mariquinha e família, sem casa, sem emprego e sem prespectiva, mesmo tendo o seu filho Zizinho como herdeiro de uma bela fortuna dos Pereiras, preferiu partir e como sempre, guerreira e corajosa, foi trabalhar na roça num povoado de nome Salôbra no município de Paripiranga-Ba. (amanhã tem mais)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Capítulo III um pouco de mim.


Estavam todos enganados, Mariquinha, apesar da perna quebrada e algumas escorições, além da gravidez, estava consciente, e, em determinado momento, ela ouviu um comentário do médico com uma enfermeira, de que naquele noite iriam extrair o bebê a ferro, ou seja, o tirariam aos pedaços para pelo menos, salvar a mãe.

Ouvindo esta setença de morte do seu bebê, a sertaneja corajosa, ficou calada e esperou o anoitecer. Quando tudo estava em silêncio, ela juntou os cobertores, se agasalou direitinho e fugiu pelos fundos do Hospital. Andou, andou, até que chegou na rua que dava acesso à casa da sua sogra. Lá chegando, era um sobrado, o que hoje conhecemos como um prédio. Mariquinha bateu à porta e foi recebida com muita surpresa pela família do seu falecido marido.

Quando explicou o que estava para acontecer se não fugisse do hospital, ela recebeu total apoio da velha matriarca da família, e, no dia seguinte, seis de julho de 1946, deu a luz a uma criança do sexo masculino. Nascia alí, oum garoto que mais tarde receberia o apelido de Zizinho, colocado pelos seus irmãos por parte de pai, Evaldo, Milton e Carlos, em homenagem ao grande jogador de futebol Zizinho do Bangu e da selação brasileira. (amanhã tem mais)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

capítulo II


Passados alguns anos da morte de Barbosa, Mariquinha teve que ir trabalhar como doméstica. Ea foi trabalhar na casa de uma velha senhora, moradora dos barris, esposa de Pedro Pereira de Souza, um velho rico, que deixou de herança uma quadra todinha naquele bairro no distrito da Vitória. A velha mariá tinha duas filhas, Dorinha e Lió e o filho homem Idelfonso Pereira de Souza. Passados alguns mese, Idelfonso se interessou pala empregada Maruquinha e daí surgiu um romance, que terminou em casamento.
Aquela união, não contou com o paoio da velha mariá e o casal teve que ir morar nos Barris na casa de Mariqunha. Do relacionamento surgiu a primeira e única gravidez. Mariquinha, grávida de seis meses, teve que conviver com outra tragédia. Idelfonso chegou do trabalho sentindo-se mau e poucos dias depois veio a falecer. Grávida e sem emprego, a vida ficou difícil e dona Dula teve que se virar lavando e passando roupas para sobreviver.
A velha Mariá, apesar de rica, pouco ligava para o drama daquela família,.

Era fim de maio de 1946, quando numa manhã, Mariquinha mandou o filho Eronildes e comprar pão. No espaço de tempo começou a chover muito forte e poucos instantes depois o barraco foi atingido pelas terras caídas de um morro que ficava atrás e desmoronou. Dona Dula e Mariquinha, ficaram soterradas e foram salvas pela atuação do corpo de Bombeiros. Mariquinha, estava com quase nove meses de gravidez e todos acreditavam que o bebê já havia morrido.( amanhã tem mais).

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

capítulo I


nos idos de 1945, viva em Jeremoabo no interior da Bahia, a senhora Júlia Marques da Silva(Dula) e suas filhas Maria Marques da Silva(Mariquinha) e Silvina Marques da Silva. Pertenciam a uma grande família da região, todos trabalhadores rurais,sendo apenas o seu irmão mais velho , José de Pequena, um comerciante que nos dias de sábado, atendia a todos os moradores dos povoados cricunvizinhos, vendendo-lhes cereais e outros tipos de mercadorias.
Naquela época, reinava no sertão o Virgulino Ferreira(lampião) o rei do cangaço. Na pequena Jeremoabo existia um distrito policial que servia de base para a volante, nome do contingente que corria atrás de prender o cangaceiro. Na família de dona Dula, o seu genro, Barbosa, pertencia à volante, porém poucos tempos depois, foi transferido para Salvador, para tratamento de saúde. Barbosa levou consigo a sogra, a esposa Mariquinha e a cunhada Silvina além do dsejo da não mais voltar para combater o cangaço, pois a doença contraída era considerada na época, muito grave.
Do casamento de Barbosa com Mariquinha, nasceu o pequeno Eronildes, isto já na capital baiana. Poucos tempos depois o barbosa não resistiria a enfermidade e veio a falecer. ( amanhã um pouco mais)