EX-DIRETOR DO CONFIANÇA, FALA, FALA E NÃO ESCLARECE NADA

A entrevista concedida pelo ex-diretor do Confiança, Fernando França, ao repórter Ricardo Bolinha, da equipe Cooperase de Esportes, apesar de quilométrica, não trouxe nada de novo que pudesse justificar ou esclarecer o fracasso do dragão do bairro Industrial, que agora vai ter que amargar a série D do futebol brasileiro.

Dizer que alguns atletas foram flagrados ingerindo bebidas alcólicas diante da comissão técnica e de membros da diretoria, já é do conhecimento geral da imprensa e de toda torcida proletária. Dizer que a diretoria renovou os contratos destes atletas por ele denunciados, todo mundo já sabe. Então o que realmente ocorreu nas hostes do Confiança? Quem é o responsável pelos prejuízos moral e financeiro sofrido pelo clube?

Eu não seria hipócrita ao ponto de colocar a culpa única e exclusivamente em uma só pessoa. Milton Dantas (Miltinho). Todos têm a sua parcela de culpa pelo fiasco. Fernando França, na condição de diretor, porque não tomou as devidas providências quando detectou a irresponsabilidade dos atletas? Se o fizesse poderia ter evitado o mal maior ocorrido no ano passado, quando ficamos a apenas um pontinho da série B.

Outros diretores também são culpados, até o Luiz Roberto, extreante neste metier, pois se omitiu a não trouxe a verdade, para que os torcedores soubessem o que estava ocorrendo, preferiu se retirar. E o pior fizeram outros pseudos diretores, quando preferiram contestar as denúncias feitas pela imprensa, sob a alegação de que, tratava-se de alguém que queria apenas tumultuar. Culpar a Federação? porque?. Nenhuma Federação tem obrigação de administrar os desmandos dos clubes. A sua participação é organizar as competições, os clubes que procurem se fortalecerem e se organizarem.

E agora? quem vai pagar os prejuízos causados ao clube (Confiança)? Ninguém. Cada diretor vai dizer a sua versão e fica o dito pelo não dito. Tudo isto porque, neste país , as autoridades ainda não despertaram para a importância do futebol, na geração de empregos diretos e indiretos, na sua contribuição para tirar os jovens do caminho das drogas e na força que ele tem de penetrar no coração e na alma dos torcedores. no dia em que dirigentes do futebol forem responsabilizados criminalmente por tudo de mal que fazem com os clubes, quem sabe, estes "administradores" procurariam tratar os clubes como tratam as suas empresas.