sábado, 30 de janeiro de 2010

Os pecados e virtudes dos velhos dirigentes dos grande clubes do futebol sergipano


Ao longo destes quase trinta anos, podemos enumerar com certa tranquilidade a trajetória dos grande dirigentes dos três maiores clubes do futebol sergipano. Pela ordem: Sergipe Confiança e Itabaiana.


MOTINHA - Virtudes: Assumiu o Sergipe num momento delicado, quando até a sua sede própria tinha sido vendida. Dirigiu com inteligência e pulso forte, conseguiu ampliar o patrimônio, conquistou vários títulos, revelou e vendeu vários atletas e foi o responsável pelos melhores momentos do clube na era do profissionalismo.


MOTINHA - Equívocos: Sempre procurou dirigir de forma centralizadora, e, apesar de contar com auxiliares competentes, nunca dividiu ou delegou o poder a nenhum deles, chegando inclusive, com o passar do tempo, com a sua forma autoritária de comandar, a ter que assistir o afastamento destes seus auxiliares, como por exemplo: Djalmir Brandão, Ary Rezende, Edson Barros e outros. Hoje está sozinho, sem recursos para bancar as despesas do clube, porém continua teimando em manter o mesmo critério de centralizar todas as decisões e não aceita a aproximação de outras pessoas para dividir com ele a administração.


FERNANDO FRANÇA - Virtudes - Torcedor fervoroso do Confiança, Fernando nunca mediu esforços na defesa do time do seu coração. Investiu alto, buscou a conseguiu recursos para ampliar o patrimônio do clube, construiu a sede própria e a exemplo de Motinha, também revelou e vendeu vários atletas. Tendo portanto uma larga folha de serviços prestados ao time do bairro Industrial. Mesmo afastado do clube, França continua judando sempre que possível.


FERNANDO FRANÇA - Equívocos - Procurou sempre administrar de forma centralizadora, trazendo para todas as decisões, muitas acertadas e outras equivocadas, porém sem aceitar que os seus auxiliares tomassem qualquer posição, ou seja, a palavra final sempre foi a sua. Com a sua saída da direção, o Confiança voltou a conquistar títulos e viver num clima quase democrático. Hoje o Dragão do bairro Industrial é o único clube do nosso estado, que possui uma diretoria completa, mesmo que em determinados momentos tenha que enfrentar momentos de muitas turbulências.


JOSÉ QUEIRÓZ - Virtudes - Durante muitos anos dirigiu o tricolor da Serra com pulso forte, conquistou vários títulos, enfrentou os dirigentes dos clubes da capital nos tribunais esportivos, lutou contra a Federação e fez do Itabaiana um dos mais famosos clubes do futebol nordestino. Queiróz fez do Itabaiana a sua vida e sua maior aposta, chegando a construir uma vila Olímpica, a qual leva o seu nome. (hoje abandonada), porém é um patrimônio deixado pelo velho dirigente.


JOSÉ QUEIRÓZ - Equívocos - Administrar de forma centralizadora, não dividir as decisões e nem delegar poderes aos seus auxiliares e sempre tratar de forma humilhante os atletas, comissão técnica e funcionários do clube. O dinheiro acabou e sem nenhuma condição de continuar administrando, foi forçado a ver o seu clube de coração ser administrado por outras pessoas e temos certeza, com muita tristeza está vendo o seu xodó que era a Vila Olímpica, totalmente abandonada e o clube sem possuir sequer, um campo para treinamento.


RESUMO - Fica a lição para estes dirigentes entenderem que tudo neste mundo tem começo, meio e fim. Que ninguém pode se eternizar no comando de nada, pois a vida é feita de renovação. Todos nós temos um ciclo, e, quando este acaba, temos que possuir a grandeza de entender que chegou o momento de passar o bastão, e, se realmente gosta do clube, procurar ajudá-lo de outra forma, porém torcendo pelo êxito dos seus sucessores.

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