terça-feira, 21 de junho de 2011

Após 4 anos e muitos problemas sem resposta, Pan do Rio ainda é circo dos horrores


O Brasil esportivo se prepara para os jogos dos extremos, o Pan-Americano, disputa continental de 42 países em 46 modalidades. Desta vez, na acolhedora Guadalajara, do inesquecível estádio Jalisco, palco de cinco dos seis jogos da Seleção Brasileira tricampeã no Mundial de 1970.
Onde fica Guadalajara? Quantas medalhas o Brasil conquistou em Chicago-1959? Você sabe o que significam os mascotes Gavo, Leo e Hiuchi? Quais brasileiros já estão classificados para o Pan-2011? Todas estas perguntas e as principais notícias relacionada ao torneio das Américas estão compiladas na página especial do UOL sobre Guadalajara-2011. Veja o perfil dos atletas, fotos, pôster e dados históricos e informações dos Jogos.
Jogos dos extremos porque tem um significado especial para os países do lado de baixo do Equador. Por disputar contra Estados Unidos e Cuba, principalmente – nem sempre com seus principais atletas –, o evento é parâmetro técnico na fase pré-olímpica. Porém, comparado ao ranking mundial das várias modalidades ou confrontado com marcas e tempos de eventos internacionais, o Pan ainda é inexpressivo no circuito maior do esporte.
E lá se foram quatro anos dos Jogos do Rio de Janeiro, cuja lembrança nos remete mais para os exageros financeiros e desperdícios de patrimônio do que para o legado prometido, mas ainda escondido. Pior: dados oficiais do Governo Federal indicam que o Ministério do Esporte ainda deve daquela festança fatura de R$ 36 milhões.
Jogos à parte, a organização do Pan foi um festival de irregularidades, atribuídas à inexperiência dos gestores públicos, principalmente. Falta de planejamento, contratos mal feitos e sem licitações, termos aditivos inadequados, obras superfaturadas, enfim, contribuíram para elevar as despesas. Do orçamento original de R$ 400 milhões, a conta pan-americana chegou a R$ 3,6 bilhões, conforme relatórios do Tribunal de Contas da União.
Atentos, os auditores do TCU formaram 36 volumosos processos. Atualmente, uma dezena ainda espera por decisões finais. Nos processos já julgados observou-se forte disposição política de isentar os faltosos e abusados gestores, apesar de grosseiras falhas constatadas. Prazos esgotados – de propósito? – para usar recursos de exceções e desorganização geral foram falhas apontadas pelo Tribunal de Contas da União.


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