segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Pelé diz que nasceu para o futebol "como Beethoven nasceu para a música"


 Em entrevista ao site oficial da Fifa, Pelé afirmou que nasceu para o futebol como "Beethoven nasceu para a música e Michelangelo para pintar". No entanto, o ex-jogador ressaltou que é preciso treinamento para dar certo no esporte. " Pelé esqueceu ou omitiu que, Luiz Gonzaga nasceu para a música nordestina e Roberto Carlos, a exemplo de Sinatra e outros gênios, nasceram para a música" esta é a opinião do nosso blog.

"O meu pai costumava dizer: 'Você nasceu para jogar futebol. Você tem um dom para isso. Mas, se você não se preparar, se não treinar, se você não praticar muito, então será igual ao resto'", disse o ex-jogador de 71 anos.

Na entrevista, o rei do futebol também destacou as qualidades do Barcelona de Josep Guardiola. "Tenho acompanhado o Barcelona nos últimos tempos. É como o Santos da minha época, ou o Benfica, o Ajax, o Milan e o Real Madrid nos seus anos dourados", declarou.

"Essas equipes foram referência na sua época. Acho que o fundamental é manter um grupo unido por um longo tempo. E veja que o Barcelona é a base da seleção espanhola. Esses êxitos estão conectados, como esteve o sucesso do Ajax com o da Holanda e o do Santos com o do Brasil", continuou.

Pelé também demonstrou confiança de que, no futebol do futuro, a qualidade técnica continuará triunfando: "A torcida quer ver esse futebol, esse espetáculo. Espero sinceramente que ele seja a base para o futebol do futuro, com a imposição da parte técnica sobre a parte física".

"Por exemplo, a Alemanha agora tem um futebol mais técnico. Esse é o futebol que gostamos de ver, com a bola correndo, não os jogadores, e isso só acontece quando a equipe está muito organizada", detalhou.

Embaixador da Copa do Mundo de 2014, Pelé falou sobre a preparação da seleção brasileira para a competição. "Temos grandes nomes, mas faltam dois anos. Trata-se de um trabalho em longo prazo. É importante começar já com um plano sério e muita disciplina. Os jogadores precisam se acostumar a competir juntos", ressaltou.

O Atleta do Século também comentou a responsabilidade que já pesa sobre os ombros de Neymar e Ganso. "A pressão é grande porque eles são os grandes astros do momento. Mas, muito além das individualidades, o mais importante é que a seleção funcione como uma equipe", frisou.

"Na minha última Copa do Mundo, a de 1970, aquele Brasil tinha grandes nomes: Rivelino, Tostão, Pelé... Mas também estávamos muito bem organizados; houve um grande trabalho de equipe. O grupo era muito forte, e acho que isso foi o mais importante", ponderou.

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