SÃO PAULO – Os bancários de São Paulo, Osasco e região podem entrar em greve por tempo indeterminado na próxima terça-feira (27).
A greve já foi aprovada em assembleia realizada na última quinta-feira (22). Porém, os bancários vão realizar mais uma rodada de negociações nesta sexta-feira (23), o que pode mudar os rumos da greve dependendo das propostas dos empregadores, afirmou a presidente do Sindicato dos Bancários.
A presidente do sindicato da categoria de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, explicou que os bancos têm condições de atender às reivindicações dos bancários, principalmente por conta do lucro líquido de R$ 60 bilhões que atingiram apenas no primeiro semestre deste ano.
Reajuste só cobre inflação
Mesmo com os altos lucros, a proposta apresentada pelos banqueiros, através da Fenaban (Federação Nacional de Bancos), prevê um reajuste salarial de 7,8%, praticamente o mesmo de inflação que foi registrada no período, de 7,4%.
Assim, o aumento real nos salários seria de 0,37%, bem abaixo dos 5% que a categoria reivindica.
Apesar da paralisação já ter sido votada e aprovada por unanimidade, nesta sexta-feira o sindicato da categoria pretende negociar novamente com a Fenaban, no sentido de obter alguma proposta “digna à categoria e evitar a greve”, explicou Juvandia.
O que a Fenabran oferece
A federação apresentou como proposta as reivindicações dos bancários um reajuste salarial de 7,8%, o que corresponde a um reajuste real de 0,37% sobre o salário e demais verbas salariais.
Em relação à participação nos lucros e resultados a regra básica prevê um adicional de 90% do salário mais parcela fixa de R$ 1.186,66, limitado a 7.741,12 ou 2,2 salários, limitado a R$ 17.030.
Oferece também uma participação adicional nos lucros de 2% do lucro líquido, dividido igualmente entre os bancários, mas que deverá ser limitado a R$ 2.587.
O que os bancários querem
O reajuste salarial que os bancários querem é de 12,8%, o que corresponde a um aumento real de 5%. Também lutam por participações maiores nos resultados e lucros.
Querem ainda valorização dos pisos, vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo de R$ 545. Mais contratações, saúde e segurança ainda fazem parte das reivindicações.
Consumidor: o que fazer em caso de greve
Caso a paralisação de fato aconteça no início da próxima semana, o consumidor ainda terá à sua disposição os canais de atendimento remoto, composto por postos de atendimento e pela rede de correspondentes como casas lotéricas, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
Além disso, as contas que estiverem dentro do prazo de vencimento podem ser pagas por meio das centrais telefônicas dos bancos.
Os clientes podem contar, ainda, com os serviços de débito automático oferecidos pelas concessionárias em parceria com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), para pagamento de contas de consumo (água, luz e telefone, por exemplo), além de realizar transações por meio do internet banking, telefone e mobile banking (operações por meio do telefone celular).
Todos os canais citados devem funcionar normalmente, assim como os serviços de compensação de cheques, transferência de recursos via DOC (Documento de Ordem de Crédito) ou TED (Transferência Eletrônica Disponível), bem como o recolhimento de depósitos e pagamentos nos caixas eletrônicos e o abastecimento de numerário desses equipamentos.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
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